A suspensão temporária dos testes da vacina contra a Covid-19 desenvolvida em conjunto pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca é uma mostra da importância dos estudos clínicos de cada uma das fases de produção e da transparência das entidades envolvidas. A opinião é do Médico Infectologista Rodrigo Nogueira Angerami, Coordenador do Departamento de Infectologia da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas.
De acordo com ele a medida traz a tona necessidade de prudência e cautela nos discursos que tem se espalhado sobre a iminência da vacina contra a covid-19 estar disponibilizada em determinados períodos. Em sua opinião a vacina não pode ser politizada, pois, o mais necessário neste momento de pandemia muita responsabilidade e serenidade até que as conclusões ocorram.
A suspensão dos testes da vacina contra o coronavírus da farmacêutica AstraZeneca vale também para o Brasil. No país, os testes estão sendo coordenados pela Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. Segundo a universidade 5 mil voluntários brasileiros já foram vacinados. Até agora “não houve registro de intercorrências graves de saúde”.
De acordo com a farmacêutica AstraZeneca, a vacinação foi pausada “voluntariamente para permitir a revisão dos dados de segurança por um comitê independente”. O protocolo de segurança foi acionado após um dos voluntários no Reino Unido apresentar reação adversa que pode estar vinculada à vacina.