A verificação da temperatura na entrada de lojas e demais estabelecimentos comerciais na área central de Campinas tem esbarrado no receio dos próprios consumidores. Muitos acreditam que o uso do termômetro digital na testa pode causar algum tipo de problema para a saúde.
Em um mercado localizado na Avenida Francisco Glicério, ninguém passa pela porta sem medir a temperatura que é feita pela funcionária, Cristiane Lima. Segundo ela, muitos rejeitam o uso do equipamento na testa. As razões são as mais diversas. Neste caso, a opção é medir a temperatura no pulso da pessoa.
A vendedora, Raquel Cunha, trabalha em uma loja de utilidades domesticas e também tem enfrentado problemas com o uso do termômetro. De acordo com a maioria rejeita o uso do equipamento.
O açougueiro Jean Santana, diz não ter medo, mas prefere que que a medição da temperatura seja feita em outra parte do corpo.
O professor Dr. Leandro Tiago Manera, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Unicamp, explica que as teorias conspiratórias sobre os termômetros digitais não são verdadeiras, pois, a radiação infra vermelho emitida não causa nenhum risco a saúde, inclusive é utilizada em vários tratamentos. De acordo com ele, está em desenvolvendo nos laboratórios da faculdade um equipamento capaz de medir a temperatura corporal e detectar também inflação na garganta, que é um dos indicares para a Covid-19. O equipamento que está na fase de testes vai permitir fazer as medições sem nenhuma intervenção humana.
