Moradores da região do bairro dos Amarais, em Campinas, estão convivendo a meses com o mau cheiro provocado por uma usina de compostagem da prefeitura. A unidade foi instalada no inicio do ano em um terreno próximo a Fatec.
O professor e sociólogo, Dirceu Figueiredo, mora no jardim Santa Monica e segundo ele o cheiro é semelhante a esgoto. Em sua opinião, a usina não deve ter as adequações corretas para operar em área residencial. A situação, segundo o professor ,fica ainda mais complicada com o clima seco quando o incomodo se torna insuportável.
De acordo com a secretaria, Eugélia Maria Soares de Farias, já houve uma reunião com os moradores, mas, ocorreu a noite e do lado de fora da unidade. Segundo ela, a Sociedade Amigos do bairro dos Amarais já fez uma denuncia na Cetesb. Foi agenda também uma reunião com o secretario municipal de serviços públicos, Ernesto Dimas Paulella, mas, o encontro foi adiado. Se não for apresentada uma solução, a próxima etapa, de acordo com a secretaria, será ingressar com ação no Ministério Público.
Em nota encaminhada a equipe de reportagem, a Secretaria de Serviços Públicos esclarece que a usina de compostagem, produz adubo orgânico a partir de galhos, madeira, lodo, frutas e verduras. Também conhecida como Usina Verde, é um projeto da Secretaria em parceria com a Sanasa, a Ceasa e o Instituto Agronômico de Campinas. Até meados de setembro, estufas serão instaladas para cobri o material em processo de compostagem. A medida vai evitar que o odor se espalhe.
A Secretaria de Serviços Públicos, informa que é importante esclarecer que o projeto da usina é ecológico, foi aprovado e licenciado pela Cetesb. Os odores são naturais e não são tóxicos. Além de produzir adubo orgânico, cerca de 200 toneladas do material utilizado para a compostagem deixam de ir ao aterro sanitário. Há cerca de dois meses, moradores dos bairros próximos visitaram a usina e conheceram o trabalho desenvolvido.