Nesta quarta-feira os termômetros bateram recorde em Campinas. Às 15h, a Defesa Civil registrou 40,1ºC na Estação de Tratamento de Água Capivari. De acordo com o órgão, é a temperatura mais alta já registrada na metrópole.
Esse ano, a Defesa Civil passou a emitir alertas de altas temperaturas. Até o ano passado, eram utilizados dados da estação meteorológica do Cepagri da Unicamp, que faz os registros desde 1989. Segundo o Cepagri, desde que os registros são feitos, não teve um dia com calor de 40,1ºC em Campinas.
A temperatura intensa prejudica quem precisa estar na rua. É o caso de Mônica Moraes. A vendedora chegou cedo no centro da cidade nesta quinta-feira para ir ao banco, e enfrentou não só o calor, mas também uma fila extensa.
Trabalhadores também sofrem com a alta temperatura. Lucas Carbonaro é motorista por aplicativo em Campinas e diz que, por causa da pandemia do novo coronavírus, o protocolo é não utilizar ar condicionado no carro e deixar as janelas abertas para ventilar o automóvel, e isso agrava a situação.
Bruna Daniele Aguiar é proprietária de um café, e trabalha o dia todo em um ambiente que já costuma ser mais quente: a cozinha.
A baixa umidade relativa do ar é também motivo de preocupação. Pouco antes do recorde de temperatura, a Defesa Civil emitiu um aviso sobre o baixo índice e alto risco de insolação. Nesta quarta, Campinas atingiu 19,5% de umidade às 12h e entrou em estado de alerta.
A orientação é que a população consuma bastante água e evite exercícios físicos entre 10h e 16h.