Duas pessoas morreram em confronto com a Polícia e 24 foram presas na manhã desta terça-feira durante uma operação da Polícia Federal, cujo alvo é uma rede no Brasil e no exterior de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Dentre os presos, dois são Policiais. Um Militar e um Civil. A Principal base desta organização criminosa é o Aeroporto Internacional de Viracopos, de onde eram enviadas drogas à Europa.
As investigações começaram em fevereiro do ano passado e apontam que, antes disso, a quadrilha já vinha atuando há pelo menos três anos. O Delegado de Polícia Federal, Marcelo Ivo de Carvalho, chefe regional de investigação e combate ao crime organizado do Estado de SP, explica que três prisões foram em flagrante.
A quadrilha atuava em três frentes: brasileiros, que seriam os principais fornecedores da cocaína e faziam o aliciamento de funcionários do aeroporto, traficantes que compravam a droga no exterior e funcionários, prestadores de serviços do aeroporto. Entre eles, vigilantes, motoristas, coordenadores de tráfego e fornecedores de refeições aos tripulantes e passageiros. A investigação apontou não haver envolvimento das companhias aéreas.
O delegado de Polícia Federal, Chefe da Delegacia em Campinas, Edson Geraldo de Souza, explica que para tentar driblar a investigação, a quadrilha usava até linguagem cifrada. O Delegado, Marcelo Ivo, explica que a função dos funcionários era facilitar a introdução da droga no aeroporto. Ao todo, são 33 mandados de prisão e 39 de busca apreensão em Campinas, Monte Mor e Americana, além de três em Cuiabá, um em Manaus e um em Extremo, No Rio Grande do Norte.