A região de Campinas corre sério de risco de escassez de água. O alerta já foi emitido pelo Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, o PCJ.
Segundo o Coordenador de projetos do Consórcio, José Cezar Saad, o reservatório do Sistema Cantareira já atingiu o estado de alerta, pois, o limite do volume útil está abaixo de 40%. A estiagem prolongada é apontada como o principal fator de risco.
A possibilidade de escassez, de acordo com ele existe e a esperança para que isso não ocorra são chuvas mais regulares a partir deste mês. Segundo o PCJ, as chuvas ficaram 73% abaixo das médias históricas em setembro, e o consumo aumentou devido ao calor.
Diante da situação o Coordenador de Projetos do Consórcio, recomenda o uso responsável da água para que medidas mais drásticas, como o racionamento, não sejam adotadas. A medida tem que ser a dotada pela própria população e também pelas empresas de saneamento.
Para atender o abastecimento na região, o Sistema Cantareira passou a liberar 13 metros cúbicos por segundo. Este volume é o maior da historia e o máximo permitido pela outorga. O volume pode levar de sete a 15 dias para chegar nos pontos de captação dos municípios.
De acordo com, José Cezar Saad, os 39% de volume útil mantido pelo Sistema Cantareira na atualidade ocorre graças a transposição do reservatório do Rio Jaguarí, da Bacia do Paraíba do Sul para o reservatório do Atibainha da bacia do PCJ. A obra foi concluída em 2014. As outras duas grandes obras, para garantir a segurança hídrica da região, em Amparo e Pedreira demoraram muito a sair do papel e ainda esbarram na burocracia.