Agosto foi um mês importante na recuperação de postos de trabalho, com o saldo positivo de 6.211 vagas de empregos criadas, segundo a análise desenvolvida pelo Observatório PUC-Campinas. Os números, favoráveis pelo segundo mês consecutivo, sinalizam continuidade da recuperação dos empregos na região, que sofreram forte impacto devido à crise do coronavírus. No acumulado do ano, quase 26 mil postos de trabalho foram perdidos como consequência da pandemia.
O cenário fica mais animador, quando se verifica que quase todos os municípios da região tiveram saldos positivos e expressivos na criação de vagas de trabalho. Em Campinas, por exemplo, foram 1.838 postos de trabalho criados após cinco meses de déficit. Paulínia criou 778 vagas, seguida por Nova Odessa com 479, Indaiatuba com 446, Hortolândia com 354 e Sumaré como 347.
Economista do Observatório, a professora Eliane Rosandiski, explica que ainda é cedo para fazer projeções mais precisas sobre uma possível retomada das atividades econômicas da região. De todo modo, a evolução percebida entre os meses de julho e agosto é animadora e se o ritmo for mantido, o cenário de normalidade começa a se desenhar no horizonte. “Em julho, foram criadas 1,8 mil vagas e agora 6,2 mil. Então, nesse sentido, nós temos uma recuperação que está relativamente consistente e compatível com esse movimento de abertura das atividades econômicas, que de certa forma vai liberando as atividades para um funcionamento mais restrito até que volte a ter uma atividade normal”, explica.
Dos setores de atividade, aquele que mais ofertou oportunidades foi o segmento de serviços de informação e comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. Foram 2.573 postos de trabalhos criados no período. A Indústria de Transformação, essencial à dinâmica e sustentabilidade dos empregos, gerou saldo positivo de 1.992 vagas. Seguindo numa trajetória de recuperação, o Comércio permitiu a entrada de 1.481 pessoas no mercado formal da região.
