O calor intenso e a baixa umidade do ar continuam castigando a população, principalmente quem trabalha nas ruas da cidade. Em Campinas, na última terça-feira, a temperatura bateu a casa dos 40,1°C. A temperatura record já havia sido registrada no último dia, 30 de setembro.
O Cepagri da Unicamp, que faz os registros desde 1989, nunca havia registrado temperatura tão alta. O mesmo foi revelado pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), que compila os dados desde 1992.
Com o calor intenso e baixa umidade relativa do ar a sensação térmica pode chegar a 45º. Para quem trabalha direto em contato com o sol a situação fica ainda mais complicada.
Para proteger a pele o motoboy Willian Gilbertoni, diz que usa protetor solar e camisa de manga comprida. O mesmo acontece com o gari, Edielson Pereira, que começa a trabalhar todos os dias no horário mais critico, às 13 horas. Ele explica que o uniforme é pesado e quente, mas, não reclama. Diferente do gari que trabalha com roupas pesadas o coletor de materiais recicláveis, Flávio Pereira de Souza, prefere usar uma camiseta regata e caprichar no protetor solar. Já o motorista, Claudinei Marques deixa o protetor de lado e para enfrentar o calor, muita água. A chapeira, Ivana Santos, trabalha em um pequeno quiosque de lanches no centro da cidade. Sem ar condicionado no local temperatura fica ainda mais elevada.
De acordo com o Cepagri, a massa de ar quente impede que frentes frias se aproximem e os pesquisadores avaliam que esse clima quente acima da média será mantido ainda até o final de outubro, com alguns breves alívios de quedas nos termômetros. Diante das altas temperaturas a Defesa Civil de Campinas manteve o estado de Alerta.
