O fim do primeiro turno das eleições municipais em Campinas não facilitou a vida de quem quiser fazer qualquer projeção sobre o resultado final do pleito. A avaliação é do cientista político e professor de ciências sociais da PUC-Campinas, Vitor Barletta Machado. A diferença entre Dário Saadi, do Republicanos, e Rafa Zimbaldi, do PL, foi de 18.535 votos, o que no universo de eleitores de Campinas, não é muito grande.
Dario totalizou quase 122 mil votos e Rafa foi opção para pouco mais de 103 mil. Além disso, o terceiro e quarto colocados na eleição somaram juntos quase 176 mil votos. Deste modo, os partidos derrotados poderão influenciar no resultado do segundo turno. O professor Vitor Barletta Machado reconhece que Dario Saadi tem uma vantagem sobre Rafa Zimbaldi, pelo resultado obtido no primeiro turno. Mas essa diferença não dá nenhuma garantia de que a eleição já esteja resolvida em Campinas.
“Vai depender muito do cenário. Se a gente pegar o cenário de Campinas, por exemplo, você tem, entre os dois candidatos que passaram para o segundo turno, tem uma diferença de votos. Mas não é uma diferença que dê grande vantagem logo de saída para o candidato mais votado. Contudo, a gente tem que olhar a votação dos demais partidos e tentar entender que a diferença ali entre eles não dá para garantir a vitória. Então vai ser uma disputa bastante acirrada aqui”, disse.
Outro ponto que chama a atenção no primeiro turno em Campinas é a quantidade de votos em branco ou nulo, que totalizaram mais de 110 mil. As abstenções em Campinas bateram o recorde em uma eleição municipal em 2020. Do total de 843 mil eleitores, 260.149 não votaram em 2020, um percentual de 30,84%.
