Um policial militar de 25 anos foi detido, neste domingo, em Campinas, depois de atirar no carro de um motorista de aplicativo. O caso ocorreu durante a madrugada, no cruzamento das ruas Itamarati e Jacaúna, no Jardim Paraíso de Viracopos. Ninguém ficou ferido.
O disparo acertou o vidro traseiro direito, o encosto de cabeça do banco do passageiro e saiu pelo vidro traseiro esquerdo do automóvel. O PM prestou depoimento na 2ª Delegacia Seccional e foi liberado depois de pagar uma fiança de R$ 1,5 mil.
De acordo com informações do Boletim de Ocorrência, a namorada do PM pediu um carro por aplicativo e foi questionada se o pagamento seria com dinheiro ou cartão. Assim que o motorista chegou, ele a questionou novamente qual seria a forma de pagamento.
A mulher, então, por considerar desnecessária a pergunta, começou a discutir com o motorista. Nesse momento, segundo o motorista por aplicativo, um homem chegou ao lado da mulher e efetuou o disparo.
Ele, então, arrancou com o carro e, nas proximidades, encontrou uma viatura da PM. Ele pediu socorro e contou o que tinha ocorrido. Os policiais foram até o endereço e, no local, encontraram o casal. De imediato, o atirador se identificou como Policial Militar, entregou a cápsula deflagrada e a arma que portava.
De acordo com informações do B.O., o policial disse que não tinha visto que a namorada já tinha pedido a “corrida” e, ao ver o tom da discussão entre ela e o motorista, foi até lá na intenção de protegê-la e, ao sacar a arma, houve o disparo acidental.
Em nota, a Polícia Militar diz que as investigações sobre os fatos criminais envolvendo um policial militar de folga cabem a Polícia Civil.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou que o PM que efetuou o disparo foi autuado em flagrante, mas foi liberado após o pagamento da fiança de R$ 1,5 mil. Disse também que a Corregedoria da PM foi acionada.
A empresa por aplicativo disse em nota que lamenta o caso e considera inaceitável o uso de violência e que empresa também permanece à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. Além disso, a conta da usuária foi desativada.