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Todo estado regride para fase amarela do Plano SP

Um dia após a eleição, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou que todo o estado vai regredir para a fase amarela do Plano São Paulo. A decisão foi tomada devido ao crescimento do número de pessoas que contraíram o novo coronavírus. Das 17 regiões paulistas, seis estavam na fase verde, incluindo a área administrativa de Campinas. Com isso, bares, restaurantes e cinemas deverão ter seu funcionamento mais restrito. Na fase amarela, esses estabelecimentos e outro como salões de beleza, academias, parques e atividades culturais poderão continuar funcionando, mas com horário limitado.

Ao fazer o anúncio da regressão, o governador João Doria disse que a regressão de fase não causará impacto nas atividades econômicas. Segundo ele, a medida amplia as restrições sobre as aglomerações, com o objetivo de evitar a propagação do vírus. “Com o claro aumento da instabilidade da pandemia, o governo do estado de São Paulo e o Centro de Contingência da Covid-19 decidiram que 100% do estado de São Paulo vai retornar par a fase amarela do Plano SP. Essa medida, quero deixar claro, não fecha comércio, nem bares e nem restaurantes. A fase amarela não fecha atividades econômicas. Mas é mais restritiva nas medidas para evitar aglomerações e o aumento do contágio da covid-19”, afirma.

A condução do governo de São Paulo na reclassificação em novembro, gerou muitas dúvidas na população, principalmente no que se referia ao processo eleitoral. A reclassificação estava prevista para acontecer no dia 16 de novembro, mas o governo decidiu adiar a data para esta segunda-feira, 30, exatamente um dia após o segundo turno das eleições municipais. A secretária de desenvolvimento econômico de São Paulo, Patrícia Ellen, disse que se a reclassificação fosse feita na data inicial, mais seis regiões avançariam para a fase verde, colocando 89% da população do estado neste estágio. Ela explica que naquela época, os indicadores sinalizavam uma piora e a contaminação pelo vírus seria ainda maior. “Hoje nós temos 76% do estado na fase verde do plano. Se houvéssemos realizado a classificação há duas semanas atrás, como estava previsto, 90% do estado estaria na fase verde. Então, trazer a classificação para hoje foi uma medida para impedir que mais regiões avançassem para o verde, dado que registramos o início de variação nas internações”, resume.

Com base nesta explicação, o governador João Doria, afirmou que a decisão de adiar a reclassificação não teve nenhuma motivação política ou eleitoral. Ele ressaltou que todas as decisões sobre o Plano São Paulo são tomadas pelo comitê de contingenciamento, amparadas por dados científicos. “O governo do estado de São Paulo  não tem, não teve e não terá nenhum interesse em transformar medidas de ordem de saúde em medidas políticas e nem eleitorais. As decisões tomadas e amparadas aqui, pelo que a ciência nos determina. Essa informação que a Patrícia acaba de esclarecer a vocês é determinante sobre aquela questão do ‘ah, por que isso foi feito depois da eleição?’ . Porque estava determinado dentro do programa do Plano São Paulo. Não foi determinado pelo programa da eleição. Foi determinado pelo programa da saúde”, garante.

A volta para a fase amarela não interfere no calendário escolar e por isso, não haverá alteração no plano de volta às aulas. Os estabelecimentos comerciais, incluindo comércio de rua, shoppings centers, e prestadores de serviço poderão funcionar por 10 horas, sendo que na fase verde, eram 12 horas. Outro setor que pode ser impacto é do das atividades culturais, que só são autorizados pelo governo a partir da fase verde. Caso não haja uma mudança nos critérios, teatros, museus, bibliotecas e cinemas podem ser forçados a interromperem suas atividades.

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