Pouco mais de uma década após a implosão do prédio da antiga rodoviária de Campinas, a Rede D’or deu início à construção de um hospital no terreno. O serviço de terraplanagem do terreno começou há duas semanas e o cenário de abandono visto no local deu lugar ao maquinário e aos trabalhadores da construção civil. A pandemia do novo coronavírus atrapalhou o cronograma de obras.
Em fevereiro deste ano, a Rede D’or fez o lançamento da pedra fundamental e a expectativa era de que as obras começassem em abril. Com a crise na saúde, foi necessário rever o cronograma das obras de construção do Hospital São Luiz em Campinas, que tinha previsão de início para outubro. Houve novo atraso e no final de novembro, finalmente a obra começou. A previsão para a conclusão é de 30 meses.
O projeto foi lançado em 2015 e de lá pra cá, ficou à espera de liberações. O hospital terá 50 mil m² e 300 leitos, dois subsolos, 13 pavimentos, além de pátio e cobertura com heliponto. O investimento previsto inicialmente para a construção do hospital era de R$ 300 milhões e foi atualizado para R$ 470 milhões. A demora para o início da obra praticamente matou o comércio local. Nas imediações do terreno é possível ver vários imóveis fechados. Apenas algumas bancas resistiram ao período e agora se mantêm esperançosas num futuro melhor, como afirmou a Dona Antonia. “A gente está esperando há muitos anos por essa data e agora estamos quase realizando. A gente espera que seja bom para a gente. Já está bem melhor. O que a gente já passou e vendo hoje do jeito que está, está muito bonito. A gente não acredita como que estava antes. Só quem conhece”, disse.
Para a implosão do prédio de 8.000 m², acontecida em março de 2010, uma área de 200 metros ao redor foi isolada e cerca de 1.300 moradores saíram de suas casas. A detonação de 200 kg de explosivos durou três segundos e deixou 12 mil toneladas de entulho no local, onde a antiga rodoviária da cidade funcionou de 1973 a 2008.
