O Brasil já possui garantidas 142,9 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 por meio dos acordos já firmados e o Ministério da Saúde continua em conversações com as demais farmacêuticas que, também, possuem vacinas em estágio avançado de pesquisa. Segundo o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello nenhuma delas está descartada. O Ministério negocia também novas aquisições de seringas e agulhas para atender à demanda para vacinação.
Para o médico infectologista do Hospital Puc Campinas, André Giglio Bueno, o advento da vacina pode alterar o comportamento da população e elevar o nível de relaxamento com as medidas de prevenção. Segundo ele, é justamente isso que não pode acontecer, pois, a vacinação terá que seguir critérios técnicos.
Outro problema citado pelo infectologista é a descrença de muitos nas vacinas, o que também não deve ocorrer, pois, todas terão que ser aprovadas pelos órgãos competentes e agencias regulatórias. Ele cita ainda que com o inicio da vacinação, provavelmente nos primeiros meses de 2021, a população possa imaginar que a pandemia tenha acabado, o que não será verdade.
De acordo com o médico infectologista, do Hospital Puc Campinas, André Giglio Bueno, mesmo com a vacina estando disponibilizada para parcelas da população, o uso dos equipamentos de segurança a saúde como mascara, álcool em gel, o distanciamento social e demais medidas, deverá continuar sendo seguido por um período ainda indeterminado.
O Ministério da Saúde, já estabeleceu que a vacinação contra o coronavírus vai ocorrer em quatro fases. Na primeira farão parte do grupo prioritário do Plano Nacional de Vacinação os profissionais da saúde e idosos a partir de 75 anos. Em um segundo momento, entram pessoas de 60 a 74 anos. A terceira fase prevê a imunização de pessoas com comorbidades. A quarta e última deve abranger professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.
Em São Paulo, o Governo do Estado já recebeu os insumos para a fabricação de um milhão de doses da Coronavac, da farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. A estimativa do governo estadual é começar a vacinação na segunda quinzena de janeiro, de 2021. Porém até agora nenhuma vacina no país possui a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.