A justiça negou o bloqueio de bens do prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), no caso em que ele é acusado de receber R$ 100 mil da concessionária de rodovias CCR com uso de caixa 2 durante a campanha de 2012. O Ministério Público pediu o bloqueio, mas o pedido foi negado pela Justiça, que alegou que são necessários maiores indícios de que o valor realmente tenha sido pago, e que ele tenha sido recebido em decorrência do cargo público.
Também foi alegado que não há indícios suficientes que comprovem risco de dilapidação do patrimônio de Jonas, que justificariam o bloqueio imediato dos bens. A ação de improbidade administrativa segue tramitando na Justiça. Ela deriva de delações premiadas de executivos da CCR, que informaram terem pago propina e doações irregulares durante campanhas de políticos do estado de São Paulo.
No caso de Jonas, o MP pede perda de função pública, cassação de direitos políticos por até 10 anos, multa de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial indevido, e que ele fique proibido de contratar com o poder público.
Jonas nega ter recebido verba da empresa, e afirma que não há documento algum que comprove isso. Ele afirma estar à disposição da Justiça para os esclarecimentos necessários, e afirma que em 30 anos de vida pública sempre teve suas contas de campanha aprovadas pela Justiça Eleitoral.