O governador de São Paulo, João Doria, divulgou o plano estadual de imunização contra a covid-19, que tem início previsto no dia 25 de janeiro do ano que vem. Neste primeiro momento, o estado detalhou apenas a primeira fase da imunização, que atenderá profissionais da saúde, indígenas, quilombolas e idosos com mais de 60 anos. Pelo cronograma, essa etapa terá duração de nove semanas, com a vacinação de 13 milhões de pessoas.
Em 25 de janeiro, a imunização começará com os profissionais de saúde, quilombolas e indígenas. Nas semanas seguintes, a aplicação das doses se dará pela faixa etária, começando pelas pessoas com mais de 75 anos e seguindo um esquema semanal, que prioriza sempre os mais velhos. As vacinas serão aplicadas em duas doses. Para garantir o atendimento adequado, sem aglomerações, o estado vai ampliar os locais de vacinação, passando dos atuais 5,2 mil postos para cerca de 10 mil. Assim sendo, o estado vai ampliar os locais de vacinação para farmácias parceiras, escolas, quartéis da polícia e terminais de ônibus. Serão 54 mil agentes de saúde atuando nesta primeira fase, com o apoio de 25 mil oficiais de segurança pública.
Deste modo, o estado de São Paulo antecipou o Governo Federal em formalizar um plano de imunização. O governador João Doria disse que não pretende criar atritos com o Palácio do Planalto, mas defende que as autoridades têm que ser mais rápidas na imunização. “Neste momento, a união de todos deve se sobrepor à guerra ideológica. Na luta pela vida, não há espaço para o negacionismo. Não há brasileiros de primeira e de segunda classe. Somos um mesmo povo, somos um mesmo país. Montamos em São Paulo um plano de imunização que nos permite iniciar a vacinação em janeiro. Não estamos virando as costas para um plano nacional de imunização. Mas precisamos ser mais ágeis e por isso estamos nos antecipando”, afirma. O governo de São Paulo informou ainda que vai disponibilizar 04 milhões de doses da CoronaVac para os outros estados, destinadas também aos profissionais de saúde.