Termina nesta terça-feira, 12, o prazo dado pelo Ministério Público para que o superintendente do Hospital Estadual de Sumaré, Maurício Perroud Júnior, esclareça se houve diminuição dos valores do contrato administrativo firmado com o governo do estado. A unidade de saúde fechou sua enfermaria pediátrica e ala oftalmológica por causa de um corte de verbas de R$ 8,7 milhões ao ano pelo governo de São Paulo.
Assim que o corte foi anunciado, a Diretoria Executiva da área da Saúde da Unicamp, responsável pelo convênio entre a Secretaria de Estado da Saúde e o Hospital Estadual Sumaré, informou que haveria o fechamento do serviço de Oftalmologia, fechamento da enfermaria e da urgência referenciada de pediatria e transferência para outras unidades. Além disso haveria também a suspensão de consultas ambulatoriais e algumas cirurgias ambulatoriais e de exames de imagens. A estimativa é de que pelo menos 100 profissionais de saúde da unidade sejam demitidos.
O corte de verba provocou a reação de diversas autoridades do município e do estado. O presidente da Câmara de Sumaré, William Souza, do PT, ingressou com a ação no Ministério Público pedindo explicações. O MP acatou o pedido na última sexta-feira e deu um prazo de dois dias úteis para que o superintendente explicasse a situação. Esse prazo termina nesta terça-feira. William Souza afirma que espera por uma liminar que reverta o fechamento da ala e da enfermaria e que garanta o atendimento da população na unidade. “Eu tenho a expectativa que seja barrada em caráter de urgência essa retirada de direitos. E que uma liminar seja expedida, retirando toda essa determinação absurda e garantindo a população da Região Metropolitana de Campinas um atendimento na saúde pública gratuita e de qualidade”, disse.
A assessoria do Hospital Estadual de Sumaré foi procurada para comentar a situação, mas não enviou resposta até o fechamento da reportagem.
