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Eficácia geral da CoronaVac para casos leves é de 50,4%, diz Butantan

Foto: Instituto Butantan/Reprodução do YouTube

O Instituto Butantan informou nesta terça-feira, 12, que a eficácia geral da CoronaVac é de 50,38%, acima dos 50% exigidos pela OMS para tornar um imunizante viável. Os dados incluem os voluntários que foram vacinados, mas desenvolveram a doença, sem apresentar sintomas. Por isso houve a diferenciação em relação aos dados apresentados na última semana, que apontava uma eficácia de 78%.

Na avaliação geral do Instituto Butantan, que desenvolveu o estudo em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, a vacina é extremamente segura. Isso porque nos casos graves, que exigem internação em UTI e nos casos moderados, a eficácia do imunizante é de 100%. Assim sendo, nenhum dos voluntários que recebeu a CoronaVac morreu e nem desenvolveu casos graves de covid-19. Em relação aos casos leves da doença, em que o voluntário precisou de atendimento ambulatorial, a eficácia ficou em 78%, como havia sido anunciado pelo Butantan. Isso significa que 22% dos voluntários que tomaram a vacina e mesmo assim foram contaminados pelo coronavírus, precisaram passar por um atendimento ambulatorial e se recuperaram bem da doença.

O indicador que aponta eficácia de 50,4% se refere aos casos classificados como muito leve, onde o voluntário sequer precisou de ajuda médica. O diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan, Ricardo Palácios, relembrou que os estudos apontaram que não houve morte, nem casos graves e internações entre os participantes do estudo, o que garante a eficácia da CoronaVac. Segundo ele, esse é o indicador que deve ser levado em consideração, já que trazum impacto muito significativo na rede pública de saúde. “Os atendimentos no sistema de saúde, sejam ambulatoriais e hospitalares, o impacto é muito além da covid-19. A gente sabe que pela demanda gerada pela covid-19, muitas outras pessoas deixaram de ser atendidas. Então tem um impacto grande, não só sobre essa doença poder reabrir o atendimento para outras doenças, cirurgias programadas, etc”, afirma.

Os testes da CoronaVac foram realizados com voluntários com alta exposição ao coronavírus. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que os dados da CoronaVac são transparentes e mais acessíveis do que qualquer outro estudo que está em desenvolvimento no mundo. Ele condenou os ataques que o imunizante vem sofrendo simplesmente por ter sido desenvolvido através de uma parceria com uma empresa chinesa. “Nenhuma companhia apresentou dados como vamos apresentar aqui, antes de ter a autorização emergencial. Isso mostra nosso total comprometimento com o desenvolvimento dessa vacina. Com o total transparência nesse processo. Uma vacina que foi duramente criticada, pelo fato dela ter sido desenvolvida em associação com a China. Como se isso fosse um pecado”, afirma.

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