Independentemente dos trâmites entre o governo do Estado de São Paulo e Ministério da Saúde a vacinação contra a Covid-19 começa neste mês de janeiro. A opinião é da médica infectologista da Unicamp, Raquel Stucchi, que é também integrante da Sociedade Brasileira de Infectologia.
De acordo com ela, mesmo com os detalhamentos dos resultados da pesquisa feita no Brasil com a vacina chinesa CoronaVac não serem conhecidos, os dados entregues são extremamente confiáveis.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, recebeu nesta sexta-feira, dia 08, o pedido de uso emergencial da vacina, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. A solicitação foi feita após o Instituto divulgar a eficácia de 78% do imunizante.
A agência pretende fazer a análise do uso emergencial em até 10 dias. Para a infectologista da Unicamp, o parecer favorável deverá ser divulgado entes do prazo. Em sua opinião, ainda não ficou claro o montante das doses da vacina do Butantam que deverá ficar para o Estado de São Paulo, visto que o próprio Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, já afirmou que a distribuição será feita através do Programa Nacional de Imunização, porém de qualquer forma ela acredita que a campanha começa neste mês.
Caso haja a aprovação da Coronavac, a vacinação contra a covid-19 poderá ser iniciada imediatamente em todo o território brasileiro. Em São Paulo, desde o ano passado o Governador João Dória, cravou que a vacinação no estado está programada para começar no dia 25 de janeiro.
Para a infectologista da Unicamp, Raquel Stucchi, mesmo com a o inicio da campanha de vacinação a população ainda vai conviver cor a circulação do vírus e as medidas de segurança a saúde deverão continuar principalmente com o distanciamento social.
Do ponto de vista econômico a infectologista se posiciona contraria ao fechamento das atividades para conter a disseminação do vírus, pois, em sua opinião, a população já não conta mais com o auxilio emergencial e também não há nenhum posicionamento do governo sobre redução de impostos. Para ela, o governo terá que buscar alternativas para conter a proliferação do vírus sem fechar a economia.