Alta do IGPM permite renegociação entre locador e inquilino

Foto: Flávio Botelho

Quem teve o aluguel reajustado neste início de ano tomou um susto ao receber o boleto, já que os valores aumentaram numa proporção muito alta. Isso porque, geralmente o cálculo usado pelas imobiliárias leva em consideração o IGP-M, que fechou 2020 em 23,14%. Essa foi a maior alta do índice registrada desde 2002. Ou seja, um contrato de aluguel que custava R$ 2 mil com aniversário neste mês e reajustado pelo IGP-M passaria para R$ 2.462,60. Levando em consideração todos os problemas registrados em 2020, potencializados pela pandemia, como o desemprego, redução de jornada e salários, inflação e outros, o reajuste pode pesar ainda mais para o inquilino.

A renegociação do reajuste aplicado é uma alternativa interessante para quem mantém contratos de locação. De acordo com a diretora regional do Secovi, Kelma Camargo, é fato que o reajuste do indicador nessa ordem e no atual momento da economia brasileira, pesou no bolso dos inquilinos. Ela acredita que este é o momento em que as partes envolvidas devam conversar e chegar a um novo acordo. “Nesses últimos 12 meses, o IGP-M atingiu patamares, frente a nossa economia, muito alto. Isso aconteceu e é momento de renegociação sim. E acreditamos que locado e locatário, numa boa conversa e num bom diálogo, podem reavaliar e podem se organizar no sentido de manter os inquilinos dentro dos imóveis e negociar um índice, dentro do repasse de inflação bem diferente do IGP-M”, explica.

O IGP-M, medido pela Fundação Getúlio Vargas, sofre o impacto da disparada do dólar e dos preços das commodities, como a soja e o minério de ferro.

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