Um dos setores mais afetados pelas restrições provocadas pela pandemia do novo coronavírus foi o de franquias de alimentação. Grande parte do segmento está localizada nos shoppings center, que foram os primeiros a fecharem as portas com as medidas adotadas pelo governo para impedir o avança da pandemia. A salvação tem sido as negociações conjuntas.
De acordo com Ricardo José Alves, CEO da Halipar, Holding de Alimentação e Participação, que tem sede em Indaiatuba, do total de 400 lojas do grupo, 90% estão instaladas em centros de compras. Com as limitações impostas pela pandemia o faturamento caiu em mais de 40% no ano passado. O sistema Delivery, ajudou, mas não resolveu o problema.
Um dos obstáculos enfrentado pelo setor foi o aumento considerável no preço dos alimentos. De acordo com o CEO, Ricardo José Alves, os gêneros alimentícios ficaram em média 25% mais caros e o repasse para o consumidor acaba sendo praticamente impossível.
Outro problema enfrentado pela categoria é o reajuste no valor do aluguel , que é baseado no IGP-M. O Índice Geral de Preços – Mercado acumula uma alta de 25,71% nos últimos 12 meses. A grande vantagem da mercado de franquia, segundo o CEO da Halipar, é a negociação feita em em conjunto com os fornecedores e administradoras dos shoppings.
Uma outra vantagem citada foi a busca por linhas de crédito, pois, as instituições financeiras interpretam que o modelo de franquia impõe riscos menores. De acordo com Ricardo José Alves, as dificuldades, continuam sendo enfrentas neste período de pandemia, porém, as ações conjuntas tem facilitado as negociações. A esperança para a recuperação do setor fica a cargo da vacinação contra a Covid-19.
O CEO da Halipar acredita que com a evolução da imunização a retomada será mais rápida do que se imagina. A aposta é para o segundo semestre do ano. Outra perspectiva otimista, segundo ele, é o crescimento no numero de novos empreendedores, pois, o mercado de franquias na área de alimentação está sendo uma excelente oportunidade.