Com uma nova crise hídrica severa prevista para os anos de 2025 a 2027, com um impacto direto Sistema Cantareira, o Consórcio PCJ apresentou uma série de ações de contingenciamento por causa da baixa incidência de chuvas. Apesar das previsões mais alarmantes ainda não incluírem o ano de 2021, os baixos índices de precipitações mesmo assim já trazem muita preocupação.
Um levantamento feito pelo Consórcio PCJ aponta que o Sistema Cantareira pode não se recarregar para o período de estiagem desse ano, o que deverá gerar impacto na disponibilidade hídrica dos municípios. Os dados da equipe técnica do Consórcio PCJ apontam que as vazões de afluência aos reservatórios estão caindo desde o ano 2000 e desde então não voltaram a subir mais.
Ao mesmo tempo, as precipitações médias nas Bacias PCJ também não têm sido satisfatórias. Nos últimos quatro anos a queda no volume de chuvas chegou a ser de 23,2%. Durante uma coletiva online do Conselho de Associados do consócio, o convidado, Antônio Carlos Zuffo, hidrólogo e prof. da Unicamp, afirmou que os agentes públicos e as administrações municipais precisam preparar seus sistema de gerenciamento de recursos hídricos para enfrentar esses fenômenos.
Ele explica que é possível fazer esse planejamento, já que a previsão de crises hídricas severas ocorre a cada 11 anos, em média. Zuffo afirmou que a conscientização e ações de enfrentamento precisam ser constantes, já as baixas precipitações deverão se manter até 2035 ou 2040. Durante a coletiva, houve o lançamento de uma cartilha sobre a situação da disponibilidade hídrica em 2021 e os impactos no Sistema Cantareira para que se inicie um processo de sensibilização dos municípios, empresas e sociedade sobre a necessidade de campanhas imediatas de uso racional de água. Foi também anunciado o novo Presidente eleito do Consórcio PCJ, Mario Botion, que é prefeito de Limeira.
