A Polícia Federal de Campinas deflagrou, nesta quarta-feira, a Operação Lavaggio, que apura a lavagem de dinheiro e ocultação de bens provenientes do tráfico internacional de drogas. Foram seis mandados de busca e apreensão em Campinas e Monte Mor, e sete ordens judiciais de bloqueio de imóveis, cujo valor aproximado pode chegar a mais R$ 3 milhões.
Trata-se de um desdobramento da Operação Overload, que ocorreu em outubro do ano passado, quando a Polícia Federal desarticulou uma organização criminosa que tinha como base o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Na ocasião, suspeitos de integrar o grupo criminoso foram flagrados quando estavam prestes a embarcar 58 kg de cocaína para a Europa.
O esquema de tráfico internacional era composto por estrangeiros, responsáveis por receber a droga na Europa e por brasileiros que faziam o aliciamento de funcionários terceirizados do setor de logística no aeroporto, que facilitavam o embarque da droga. Na operação desta quarta, os alvos foram familiares de um desses articuladores do aliciamento, que foi preso na Operação do ano passado. São duas irmãs e uma filha suspeitas de lavagem de dinheiro e de serem laranjas no esquema.
De acordo com o delegado da PF, Edson Geraldo de Souza, chefe da delegacia em Campinas, o suspeito cujos familiares estão sendo investigados continua preso, além de outros seis presos na operação do ano passado. Ele explica que a investigação continua e cita como objetivo principal descapitalizar o esquema de tráfico. Um dos fatores que levantou suspeitas da Polícia nesta Operação Lavaggio foi a renda familiar dos envolvidos, incompatível com as transações realizadas por eles. Ao todo, 20 atos de lavagem de dinheiro forma identificados nesta Operação.
