O padrasto da menina Maria Clara Calixto Nascimento, que tinha 5 anos e foi encontrada morta em Hortolândia em dezembro de 2020, mudou o depoimento. Em 18 de dezembro ele havia confessado ter matado a menina. Porém, o homem de 27 anos agora mudou a versão, disse que confessou após ser agredido por policiais, e afirma que a menina morreu após sofrer uma queda acidental.
O Ministério Público afirma que o acusado não tem nenhuma prova que sustente a nova versão, e quer que o caso vá a júri popular. O depoimento com a nova versão ocorreu de forma virtual, em 31 de dezembro, e foi disponibilizado pela Justiça na última sexta-feira (9).
Maria Clara morreu em 17 de dezembro. O corpo foi encontrado no dia seguinte, em um terreno baldio. A mãe dela havia saído para trabalhar e deixou a criança sob os cuidados do padrasto.
No primeiro depoimento ele admitiu ter usado drogas e ter surtado enquanto estava sozinho com a criança. Ele admitiu ainda que realizou “prática sexual” com a criança, e que na sequência apertou o pescoço dela com as duas mãos. Porém, os laudos apontaram que não houve conjunção carnal, e por isso o crime não foi enquadrado como estupro.
O corpo da menina foi enrolado em uma cortina e colocado em uma caixa de papelão. Câmeras flagraram o acusado carregando uma caixa por ruas do bairro antes de descartar no terreno baldio.
O homem agora alega que a morte ocorreu em um acidente, mas não deu detalhes de sob quais circunstâncias isso teria ocorrido. Ele nega também a prática sexual.