A ex-vereadora de Piracicaba, Madalena, foi encontrada morta na madrugada desta quarta-feira. Ela foi a primeira vereadora travesti da cidade, onde era uma pessoa muito conhecida.
Segundo as primeiras informações, Madalena tinha 64 anos e foi encontrada morta na casa dela, no bairro Boa Esperança, com diversos ferimentos na cabeça e no rosto, indicando que a morte teria ocorrido de forma violenta. Vizinhos acionaram a Polícia por volta de 0h30.
Madalena foi eleita vereadora no pleito de 2012, quando recebeu 3.035 votos e teve o segundo melhor desempenho do PSDB nas eleições. À época, já somava 25 anos como líder comunitária. Ela trabalhou desde a adolescência como cozinheira e faxineira em casas de família e repartições públicas.
Como líder social, foi presidente do centro comunitário do bairro Boa Esperança e foi candidata a vereadora quatro vezes (1988, 2004 e 2008 e 2012), obtendo os votos suficientes para se eleger no último.
No início de 2016, a ex-vereadora pediu afastamento da Câmara por motivos de saúde. O primeiro suplente, Gilmar Tano (PSDB), assumiu o posto interinamente.
Nas eleições seguintes, ainda em 2016, Madalena desistiu da candidatura à reeleição na Câmara de Piracicaba. A decisão foi informada por meio de uma carta, enviada à presidência do partido tucano. Na ocasião, a parlamentar apontou problemas de saúde e agressões racistas e homofóbicas sofridas nas redes sociais como motivos para não seguir na carreira política.