Uma professora de filosofia denunciou essa semana um ataque racista e machista que sofreu durante uma palestra virtual organizada pelo centro acadêmico de filosofia da Unicamp, como abertura do ano letivo para recepção dos calouros.
O caso ocorreu no dia 24 de março. Uma das afirmações feitas pelos agressores é de que “mulheres merecem ser estupradas” e que lugar de mulher é na cozinha.
Segundo a professora Katiúscia Ribeiro, que mora no Rio de Janeiro, o racismo é evidente já que a transmissão onde ela estava foi a única atacada. ” A de uma mulher preta com abordagem em filosofia africana e racismo estrutural. Segundo Katiúscia na ocasião, a mãe dela assistia ao evento e ficou apavorada e com medo.
A Unicamp se posicionou nesta quinta-feira, dia 22, sobre o caso e prestou solidariedade à professora e às comunidades discente e docente do instituto de filosofia e ciências humanas. A universidade também repudiou o ataque, o qual chamou de “covarde” e de “caráter racista e sexista”.
Afirmou que “é lamentável e inadmissível que a universidade estadual de campinas seja palco de manifestações de ignorância, intolerância e preconceitos de qualquer natureza. A Unicamp disse que vai tomar providências para aumentar o grau de segurança da rede interna para coibir qualquer tipo de ataque nas atividades remotas realizadas”.
Em suas redes sociais, Katiúscia fez uma declaração. “Atenção aos racistas e machistas: mulheres pretas e seu povo não serão mais silenciados.”