A Receita Federal criou em dezembro do ano passado um núcleo de repressão no interior para combater o contrabando de mercadorias pelo aeroporto de Viracopos e também pelas rodovias da região. Em pouco tempo de atividade, o grupo já alcançou bons resultados através de suas operações de fiscalizações. Até agora, foram apreendidos mais de 12 milhões de maços de cigarro, que eram transportados em 34 caminhões. O grupo interceptou também pouco mais de 10 toneladas de drogas. A estimativa é de que todo material apreendido tenha valor estimado em R$ 215 milhões.
O supervisor do núcleo de repressão do interior da Receita Federal, Alessandro Grisi, explica que o grupo tem como um de seus principais alvos as quadrilhas especializadas no contrabando de cigarros. Segundo ele, no Brasil, esse tipo de atividade criminosa começa a movimentar mais dinheiro do que o tráfico de drogas. “O contrabando de cigarros, ele está intimamente ligado ao crime organizado. Então as organizações criminosas estão infiltradas e hoje atuam, além do tráfico de drogas, existem organizações criminosas especializadas no contrabando de cigarros. Sabe-se que no mercado interno, o contrabando de cigarros chega a ser mais lucrativo do que o tráfico de drogas. Então o prejuízo para a nossa sociedade chega a ser enorme”, afirma.
O núcleo de repressão do interior da Receita Federal atua nas regiões de Campinas, Bauru e Sorocaba. As ações que são realizadas nas rodovias paulistas contam com a participação da Polícia Rodoviária Federal.
