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Projeto da Unicamp usa Inteligência Artificial contra a covid-19

Imagem: Governo do Estado/Divulgação

Um projeto multidisciplinar da Unicamp que utiliza um sistema de inteligência artificial (IA) para informar com antecedência o surgimento de novas cepas do coronavírus foi um dos 12 selecionados pela Chamada Pública BRICS Covid-19, realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). O projeto é desenvolvido em parceria com a USP, Unesp e Insper, e também com universidades da Índia, Rússia e África do Sul.

A ferramenta consegue analisar dados e padrões que passam despercebidos aos humanos a partir da análise de bancos de dados públicos e privados com informações da pandemia, conforme explica Esther Colombini, do Instituto de Computação (IC) da Unicamp, e coordenadora do projeto no país. “A gente tentar enxergar mudança no padrão desses dados para possivelmente conseguir visualizar se tem algo diferente, se uma possível nova cepa pode estar sendo espalhada por uma determinada região”.

Segundo Esther, o propósito do projeto é fornecer a ferramenta que poderá ajudar na tomada de decisões por parte dos gestores públicos, e também na elaboração de políticas eficientes no combate à pandemia. “Usar esses sistemas inteligentes, de informação, para ajudar no auxílio a essa tomada de decisão de forma que ela seja a mais eficiente possível, então, será que essa estratégia de lockdown, por exemplo, que está sendo aplicada, funciona em uma determinada região? A gente viu cenários de escassez de recursos, de insumos, então a perspectiva geral do projeto é fazer análises com uso de sistemas de informação para analisar as tomadas de decisão e retornar ao poder público a possibilidade de enxergar o que funciona e o que não funciona”, detalha.

Inicialmente o projeto trabalha com dados do estado de São Paulo, mas há interesse em expandir a análise para outras regiões do país. Além disso, a ideia é que o modelo seja aplicado também para analisar outros contextos, em possíveis pandemias ou epidemias. “Ele possa gerar subprodutos que não sejam utilizados somente no contexto da covid, então ele é um projeto de dois anos, mas temos a expectativa que nos próximos seis meses a gente consiga distribuir resultados preliminares para a comunidade validar”.

A parceria com outros países prevê uma cooperação na qual os resultados obtidos por cada nação em seus projetos específicos e a expertise adquirida sejam compartilhados com os demais membros.

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