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Rede de proteção pode salvar mulheres vítimas de violência

Foto: Guilherme Pierangeli/ Arquivo CBN

O índice de casos de violência contra a mulher registra crescimento nos últimos meses na região, o que obriga as autoridades a buscarem alternativas para protegerem a vida das vítimas. Infelizmente, o número de feminicídios se mantém alto em 2021, mesmo sofrendo redução com o mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre deste ano, foram 43 ocorrências no estado de São Paulo, contra 50 registros entre janeiro e março de 2021. Já as tentativas de estupro, somadas aos casos consumados da violência, se mantiveram estáveis, passado de 894 para 874 ocorrências no período em análise. Os dados são da secretaria de segurança pública do estado.

O índice de criminalidade provocou uma reação das autoridades, que criaram uma rede de proteção, para acolher mulheres em situação de violência. Em Campinas, por exemplo, a Guarda Municipal criou o Programa Guarda Amigo da Mulher, que apoia as vítimas de agressão. Uma das ações do trabalho foi a criação da sala lilás, um espaço para acolhimento com 28 guardas preparadas para atender quem procurar ajuda.

Segundo a comandante da GM de Campinas, Maria de Lourdes Soares, todo programa de combate à violência contra a mulher passa pela necessidade de se denunciar qualquer caso que configure agressão. Ela explica que isso tem de ser feito rapidamente. “No momento de presenciar o fato, ele estando ocorrendo, liga no 153. Para que a gente possa fazer o atendimento imediato, já que isso inclusive pode salvar uma vida. Por exemplo, eu tenho uma vizinha que sofre violência. De repente eu escuto uma briga, gritos. Eu sei que aquela é uma situação rotineira. Eu tenho que acionar a Guarda Municipal para fazer a intervenção naquele momento”, afirma.

Outra forma de denunciar qualquer tipo de agressão contra a mulher se dá pela internet. A coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher da área de abrangência do Deinter 2, Maria Helena Taranto Joia, explica que durante o período de quarentena e consequentemente o confinamento, os casos de violência cresceram na pandemia. A saída encontrada pelas vítimas foram o registro do boletim de ocorrência eletrônico. “Esse aumento também se deve a hipótese da possibilidade do registro online. Desses registros que estão sendo feitos pela delegacia online. Nós tivemos justamente um aumento nesse tipo de boletim de ocorrência, porque facilitou para a mulher, inclusive o pedido de medida protetiva”, disse.

A mulher vítima de agressão, pode buscar auxílio na Sala Lilás da Guarda Municipal de Campinas, que fica na base da corporação, na Avenida Moraes Sales, perto do Terminal Central. As denúncias de agressão devem ser feitas através do telefone 153. Já a vítima de violência que optar por um boletim de ocorrência virtual, deve acessar o site www.delegaciaeletrônica.policiacivil.sp.gov.br.

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