A diretora e a professora-mediadora da Escola Estadual Aníbal de Freitas, em Campinas, foram afastadas nesta quarta-feira. A medida ocorre após um aluno de 11 anos ser alvo de críticas e repreensão em um grupo de mensagens, por sugerir a realização de um trabalho com tema LGBT.
O afastamento das profissionais foi anunciado pela Secretaria da Educação de São Paulo. A direção da escola havia se manifestado nesta terça-feira por carta, no grupo de mensagem onde ocorreram as críticas, lamentando o caso. Nesta quarta, a diretora enviou uma outra carta à família do estudante, reforçando a retratação e o compromisso de ações efetivas sobre a situação.
As críticas à ideia do estudante aconteceram na última sexta-feira, e a família registrou um boletim de ocorrência no dia seguinte. Segundo a Seduc, foi instituída uma comissão para que a Diretoria de Ensino apure o caso. A conclusão será enviada à Pasta.
O Ministério Público de São Paulo também apura o caso. A promotoria instaurou procedimento nesta terça-feira, com prazo de cinco dias para que a unidade de ensino esclareça os fatos, que também são investigados pela Polícia Civil.
Na terça-feira, a Escola Estadual Aníbal de Freitas amanheceu com cartazes, em protesto aos ataques sofridos pelo jovem. As mensagens foram colocadas na fachada da escola, pedindo respeito às diferenças e fim do preconceito.