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Futebol feminino ganha espaço na região de Campinas

Foto: Diego Almeida/PontePress

Cada vez mais o futebol feminino está ganhando espaço no nosso cotidiano, nas transmissões esportivas, noticiários e no gosto popular.

Jogadoras como Marta, Formiga e Cristiane, alguns exemplos de craques, inspiram atletas a seguirem com o sonho de se tornar profissional. E em Campinas e região existem várias equipes de futebol feminino disputando campeonatos nacionais.

A Ponte Preta formou seu time em 2017 e aos poucos busca evoluir. Hoje, com o comando técnico de Paulo Cesar Stenico, a equipe treina em Campinas e Jaguariúna e disputa o Campeonato Brasileiro da Série A2.

Com quatro jogos, três empates e uma derrota, o treinador intensifica os treinos em busca de melhores resultados, diz que a competição é difícil e comenta sobre as atividades.

“Começamos a treinar faltando quase 20 dias para começar o campeonato. 20 dias para você montar um time, começar os treinamentos e começar um campeonato desse, leva um pouco mais de tempo, então a gente precisava ajustar um pouco mais isso ai.”

A goleira Vitória da Ponte Preta já foi convocada para a Seleção sub-20.

Agora chegando em Vinhedo encontramos a equipe do Palmeiras, que fez uma parceria com a cidade até o fim desse ano.

A modalidade existe desde 1997 no clube paulista, teve uma paralisação de 6 anos e retornou em 2019. O Palmeiras já conquistou um título estadual, três Jogos Regionais e uma Copa Paulista.

Este ano o Verdão disputa a Série A1 do Brasileiro e é vice-líder, atrás apenas do rival Corinthians. O time está invicto, em 13 jogos foram nove vitórias e quatro empates.

Alberto Simão é diretor executivo e comenta sobre a estrutura disponibilizada, que para ele reflete diretamente no bom resultado.

“Os motivos dos resultados é planejamento, investimento e estrutura. A estrutura que o Palmeiras oferece hoje para as atletas é espetacular. Com uma estrutura boa a gente consegue tirar o melhor das atletas e automaticamente a gente consegue bons resultados.”

Neste ano o time já teve 10 jogadoras convocadas para a Seleção Brasileira, divididas para os times principal, sub-17 e sub-20.

Um pouco mais adiante no mapa temos o RB Bragantino. A equipe feminina de Bragança Paulista tem apenas um ano de história, mas surpreende com os números.

Na segunda divisão do Brasileiro 2021 o time ainda não perdeu em quatro jogos e é líder do Grupo D. No Paulistão 2020 chegou até a semifinal.

A treinadora Camilla Orlando, formada nos Estados Unidos, elogia o modelo clube-empresa de futebol e fica feliz com o início de pé direito.

“Foi um início muito positivo, com atletas e profissionais muito motivados para fazer um grande início de projeto e realmente aproveitar a oportunidade de trabalhar em um clube como o Red Bull Bragantino.”

Ainda nos arredores de Campinas temos a equipe de Araraquara, a Ferroviária. O time foi bi-campeão da Libertadores no ano passado e este ano disputa o Brasileirão Feminino.

Nesse ano cinco atletas já foram convocadas para a Seleção sub-17 e uma para sub-20.

Lindsay Camila, treinadora da equipe, também comenta sobre a boa estrutura e trabalho do clube e conta um segredo da sua comissão técnica.

“Nossa comissão toda é profissional, é ter uma comissão apenas de mulheres, de campo todas são mulheres, apenas o fisioterapeuta e o analista de desempenho que são homens, todo restante é mulher: preparadora física, de goleira, auxiliar… Acho que um pouco da vontade, da garra, da determinação faz com que seja uma equipe vencedora.”

Por outro lado, nem tudo são flores. Sabemos que muitos clubes não possuem estrutura para investir no futebol feminino e a modalidade ainda sofre preconceito por parte da sociedade.

Com o tempo, as mulheres estão ganhando essa luta por direitos iguais e acima de tudo por respeito.

“O futebol feminino chegou, chegou para ficar, hoje é uma profissão respeitada. A gente sabe que lá atrás as mulheres sofreram muito para conseguir chegar onde elas estão hoje, principalmente pela questão de discriminação, falta de apoio, estrutura, mas hoje eu enxergo a modalidade como uma profissão muito respeitada.”

Voltando para a cidade de Campinas, o Guarani ainda não possui uma equipe feminina. Em nota, o clube afirmou que o foco atual está no fortalecimento das categorias de base e no aperfeiçoamento da condição de clube formador. Quando a base estiver 100% preparada vai ser iniciado o futebol feminino.

Vale lembrar que os clubes participantes da elite do Campeonato Brasileiro Masculino são obrigados pela CBF a ter uma equipe feminina.

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