Crimes financeiros prevalecem na região de Campinas

Foto: Arquivo/CBN Campinas

As operações da Polícia Federal de Campinas têm chamado atenção pela quantidade em que têm sido realizadas. O trabalho da Polícia Federal começa muito antes do dia em que é anunciada a Operação e exige um complexo trabalho de investigação. O delegado chefe da Delegacia da Polícia Federal de Campinas, Edson Geraldo de Souza, explica que essas operações deflagradas são resultado de um planejamento estratégico que estabeleceu metas para o período de 2007 a 2022. “A deflagração é a fase ostensiva, em que as pessoas tomam conhecimento do que está sendo feito, mas antes tem a fase sigilosa, de 2 ou 3 anos, para que a gente posso entender o mecanismo destas organizações criminosas”, explica Edson.

A investigação inclui interceptações telefônicas e telemáticas e quebras de sigilos fiscais e bancários. São realizadas ainda parcerias, com objetivo de criar uma Força-Tarefa, em que são solicitados à Justiça, auxílio da Receita Federal, Ministério da Economia, Caixa Econômica Federal, que tem um órgão de segurança e inteligência interna, o Ministério Público Federal e o Gaeco. “Então, não se faz uma operação sozinho, não tem como, é necessário equipamento e tecnologia, além de conhecimento técnico específico, explica Edson.

As operações que têm sido deflagradas em Campinas demonstram uma tendência da região de estar envolvida em crimes de lavagem de dinheiro e câmbio ilegal. Edson Explica que a delegacia de Campinas é responsável por uma circunscrição de 60 municípios, onde prevalecem crimes de corrupção e contra o sistema financeiro, já que se trata da segunda maior praça nacional.

Nos últimos dois meses, foram quatro operações deflagradas pela Polícia Federal. No Dia 13 de abril, a PF cumpriu mandados contra lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas em Viracopos. No dia 11de maio, a Operação Black Flag reprimiu R$ 2,5 bi em lavagem de dinheiro. Em 20 de maio, foram operações contra fraudes de R$ 190 milhões na Previdência. E em 27 de maio, foi a vez das operações contra o câmbio ilegal de moeda estrangeira, em Amparo, que movimentaram cerca de R$ 115 milhões.

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