O Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas pode adotar medidas mais restritivas do que o estado, caso os indicadores da pandemia cheguem num patamar mais elevado. O número de contaminações e a taxa de ocupação de leitos de UTI são fatores determinantes, que pautam as decisões tomadas em conjunto pelos municípios da região.
Atualmente o estado se encontra em uma fase de transição, entre as fases vermelha e laranja, com a abertura do comércio e serviços durante todo o dia e com o toque de recolher no período noturno. Mesmo após uma ligeira melhora nos indicadores nas últimas semanas, há uma preocupação grande com o futuro próximo, ameaçado por uma terceira onda da covid-19. A região de Ribeirão Preto, por exemplo, já adotou medidas mais restritivas e fechou o comércio após a análise dos dados da pandemia.
Presidente do conselho de desenvolvimento da RMC, o prefeito de Jaguariúna, Gustavo Reis, afirmou que há um consenso regional em restringir mais ainda as medidas, caso os indicadores também apresentem piora. Segundo ele, se for necessário, a região pode ter regras mais rígidas do que aquelas ditadas pelo governo de São Paulo. “Houve um aumento no número de contaminados, aumento de ocupação dos nossos leitos de UTI. Aí nós vamos tomar medidas mais restritivas que o estado. Nessa fase, que é considerada uma fase de transição, tem seus critérios e nós temos que entender isso. Agora, o sinal de alerta nos foi cedido e nós, assim de maneira conjunta, nos conselhos dos prefeitos, indicamos: se não houver melhora, nós vamos ser mais restritivos que o governo do estado”, afirmou.
O cenário atual não é dos melhores para a região. Na última quarta-feira, a Prefeitura de Campinas publicou no Diário Oficial do Município, um decreto que coloca a cidade em estado de calamidade pública. O documento seguiu para a Assembleia Legislativa do Estado, que votará e fará a publicação de um decreto legislativo.
