Após terem sido afastadas da Escola Estadual Aníbal de Freitas, em Campinas, as duas profissionais que criticaram um aluno por sugerir um trabalho com temática LGBTQIA+ passarão a exercer atividades exclusivamente burocráticas. A decisão foi pulicada ontem na Imprensa Oficial do Estado.
A diretora e a professora mediadora haviam sido afastadas pela Secretaria Estadual de Educação e agora foi definido que as duas servidoras vão atuar com restrição junto à Diretoria de Ensino Região Campinas Leste enquanto o caso estiver sendo apurado.
O estudante de 11 anos do 6º ano do ensino fundamental foi criticado no grupo de estudos do WhatsApp há uma semana. Para a família, houve preconceito e intimidação e o caso passou a ser investigado pela Polícia Civil e Ministério Público.
A direção da escola se manifestou no grupo do WhatsApp onde houve a crítica ao aluno, lamentando o ocorrido, além de ter enviado uma carta à família do aluno se retratando.
O caso repercutiu ainda na Assembleia Legislativa de SP, onde foi publicada uma moção de repúdio. No texto, foi lembrado que o caso ocorreu no mês mundial de orgulho LGBTQIA+.
Já o Ministério Público de São Paulo deu um prazo de cinco dias para que a unidade de ensino esclareça o episódio. A investigação pela Polícia Civil prossegue no 7º Distrito Policial de Campinas. A irmã do estudante foi ouvida e entregou todas as mensagens para serem analisadas.