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Famílias mais pobres sofrem impacto maior da inflação

Foto: Banco de imagem/freepik

O indicador de inflação por faixa de renda, medido pelo Ipea, desacelerou em todas as faixas de renda em junho deste ano. Porém, as famílias de renda muito baixa sofrem mais com as consequências, já que apenas nessa faixa, a inflação do período registrou índice de 0,62%. O número é quase o dobro do impacto naqueles com renda mais alta, que ficou em 0,36%. Com os resultados de junho, o acumulado do ano aponta que as maiores taxas de inflação estão nas classes médias e renda média baixa, com alta de 4%.

Entre aqueles com renda muito baixa, o indicador ficou em 3,6% e famílias mais abastadas encaram uma inflação de 3,4% nos seis primeiros meses do ano. De acordo com o diretor da Faculdade de Ciências Econômicas da Unicamp, Izaías de Carvalho Borges, os números são muito preocupantes, porque apontam para o aumento da pobreza e da desigualdade no Brasil. Ele explica que o custo elevado de itens básicos como alimentos, energia elétrica e combustíveis deixam as pessoas mais pobres num estado de fragilidade ainda maior. O impacto é muito significativo porque nós estamos falando de uma inflação de alimentos, de energia elétrica, combustível e outras coisas básicas como gás de cozinha. Então o impacto é muito grande, porque você tem o aumento de desnutrição, da pobreza, que já é uma situação complicada no Brasil, e o aumento da desigualdade”, afirma.

Quando o cálculo leva em consideração os últimos 12 meses, a taxa de inflação das famílias de renda muito baixa fica em 9,2%, um patamar acima da observada na faixa de renda alta, que teve um acumulado de 6,5%

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