Os seis acusados presos na 1ª fase da Operação Ouro Verde e envolvidos no desvio de R$ 4,5 milhões em verbas públicas do hospital de Campinas, receberam a sentença assinada pelo juiz da 4ª Vara Criminal do município, Caio Ventosa Chaves. Cabe recurso do parecer em primeira instância.
A decisão envolve Paulo Roberto Segatelli Câmara, Daniel Augusto Gonsales Câmara e Ronaldo Pasquarelli, apontados como donos da Organização Social Vitale, e também a então presidente, Fátima Bertoncello, e os ex-diretores, Ronaldo Foloni e Fernando Vitor Torres Nogueira Franco.
Paulo e Daniel Câmara e Ronaldo Pasquarelli foram condenados a 25 anos, um mês e 10 dias de prisão, mas a pena foi reduzida em 2/3 pelo fato dos três terem colaborado na delação do esquema. A fraude era aplicada no superfaturamento de serviços e no desvio de recursos do Ouro Verde.
Aparecida Bertoncello e Fernando Vitor foram sentenciados a 22 anos e 8 meses. Já Foloni recebeu uma pena de 17 anos. Todos eles foram condenados pelos crimes de organização criminosa, fraude em licitação, falsidade ideológica e peculato. Na decisão, o juiz não tem dúvida da culpa dos réus.
Segundo a sentença do magistrado, não há informação ou testemunho “que deixe de comprometer os réus de forma irrespondível, que vincule cada um aos demais e todos aos crimes que lhes são atribuídos”. Além disso, também vê claro o propósito de obter “criminosas vantagens econômicas”.