Três homens foram detidos nesta terça-feira, em Campinas, suspeitos de venderem laudos médicos falsos que seriam usados por moradores da cidade para furarem a fila da vacinação contra a covid-19. Um dos suspeitos foi detido na Rua 13 de Maio, no Centro de Campinas.
E os outros foram detidos em um shopping da cidade. De acordo com o Delegado Divisionário da Deic de Campinas, Oswaldo Diez Junior, a suspeita é de que esses receituários falsos eram oferecidos para a população nestes locais de Comércio na cidade.
Ele explica que os laudos falsos atribuem comorbidades a pessoas saudáveis para lhes possibilitar o agendamento da vacinação mesmo sem estarem na faixa etária contemplada. “Estavam disfarçadamente nas ruas oferecendo esse serviço para pessoas que queriam furar a fila da vacinação, o que é um absurdo, né”.
Os suspeitos foram ouvidos na sede da Deic para que os dois delegados que estão conduzindo as investigações identifiquem se será configurado o flagrante delito.
Diez explica que no decorrer das investigações serão esclarecidos detalhes, como o tempo que essa prática ocorria e se houve alguém que utilizou a frade para de fato furar a fila da vacinação. “O conjunto probatório será formado e a gente vai poder delimitar a atuação de cada um, quanto tempo faziam isso, se já ocorreu alguma venda do atestado, se alguém furou a fila utilizando esse documento falso”.
De acordo com Oswaldo Diez Junior, as pessoas que eventualmente compraram e se beneficiaram desses laudos também irão responder processo. “Com certeza, se for comprovado que eles fizeram vendas para indivíduos que usaram o atestado para furar fila e conseguiram fazer essa antecipação da vacina, eles irão responder ao crime de uso de documento falso”.
Os valores cobrados pelos laudos falsos variavam de R$ 140 a R$ 280. A Polícia quer saber ainda como eles conseguiam os formulários e carimbos médicos. Foram usados dados de uma médica da região de Campinas. Ela, que até o momento está sendo considerada vítima do esquema, também foi ouvida.