A Reitoria da Unicamp anunciou um novo cronograma de retorno gradual das atividades presenciais, mas num esquema atrelado ao ritmo de vacinação contra a covid-19. O retorno só poderá ocorrer após o aluno ter se imunizado com a segunda dose, o que na maioria dos casos deverá ocorrer no fim do ano, possivelmente em novembro.
Com isso, apesar do governo estadual ter permitido as aulas presenciais para o início do segundo semestre, com 60% da capacidade das salas, na Unicamp, a medida só vai valer para cursos da área de assistência pessoal, como Enfermagem e Medicina, no Hospital de Clínicas e em pesquisas laboratoriais da pós-graduação.
Uma alternativa apontada pela reitoria para manter as aulas remotas, sem prejudicar os estudantes, será direcionar as aulas práticas, que necessitam da estrutura dos campi, para o fim o semestre.
A estudante de pós-graduação no IFCH, Maria Clara, só foi ao campus de Campinas para protocolar uma tese. Para ela, a medida anunciada pela reitoria está correta. “Voltar agora é muito arriscado. A gente adora frequentar a Unicamp, é um local muito agradável, mas tem que tomar as duas doses”.
Quem tem comércio de lanches no campus sente falta dos estudantes. A operadora de caixa, Marli Batista, acredita que o movimento vai continuar baixo até o fim do ano. “Eu acho que vai demorar! Vai ser em meados de outubro ou novembro, porque agora que eles estão começando a tomar as primeiras doses”. Ao todo, a Unicamp tem 2 mil professores, 6,7 mil funcionários e 33,2 mil alunos nos três campi: Campinas, Piracicaba e Limeira.