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Devisa explica mortes de vacinados em lares de idosos

Foto: Divulgação/Lar dos Velhinhos

A infectologista do Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas, Valéria de Almeida, confirma que os 10 idosos mortos pela covid-19 em instituições de longa permanência estavam vacinados, mas lembra que os imunizantes aplicados não possuem 100% de eficácia e proteção.

Segundo ela, a exemplo do que acontece com diversas outras infecções e doenças, nem todas as pessoas que recebem as doses são capazes de desenvolver anticorpos. Com uma parcela da população suscetível ao vírus, portanto, quanto mais infectados, maior a chance de fatalidades.

“Quando a gente vê uma doença que tem uma taxa de ataque tão grande e que acomete tantas pessoas, aquelas que não tiveram produção de anticorpos se tornam mais suscetíveis e vulneráveis ao vírus. É essa população que acaba se infectando e desenvolvendo essa doença”, explica.

A especialista do Devisa concorda que ocorrências como essas podem auxiliar estudos já em curso no mundo todo sobre a necessidade ou não da adoção de uma terceira dose contra a doença. No Uruguai, por exemplo, quem recebeu duas doses da CoronaVac recebe um reforço da Pfizer.

Ainda assim, para ela, os registros fatais servem para alertar sobre a importância de seguir com os cuidados necessários, como manter os locais bem arejados e respeitar o distanciamento social e o uso de máscaras, principalmente em locais como esses, com maior controle no fluxo de pessoas.

“As ocorrências ligam o alerta de que existe ainda muita gente que está acreditando que as vacinas dão uma proteção de 100%. E a gente tá falando desde o começo de que não é 100% de proteção e que é importante que se mantenha a orientação de distanciamento físico”, reforça ela.

Por conta disso, o Devisa trabalha agora não só com o reforço dos cuidados básicos na pandemia, como o uso de proteção individual pelos funcionários dos lares de idosos que tiveram casos positivos, mas também com a testagem dos trabalhadores e das pessoas internadas nos locais.

De acordo com a infectologista Valéria de Almeida, a ideia é identificar casos assintomáticos e isolar de imediato todos os infectados para evitar a propagação ainda maior do vírus, já que muitos idosos que residem nas instituições são vulneráveis, possuem outras doenças, ou estão acamados.

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