Uma paralisação no transporte público de Campinas gerou transtornos na manhã desta terça-feira (31). A maioria dos ônibus das linhas verdes não saiu da garagem, e com isso diversas aglomerações e filas de pessoas esperando os ônibus se formaram em terminais e estações de transferência da cidade. Os motoristas e trabalhadores da VB Transportes atribuem a paralisação ao descontentamento com a empresa, e também por punições que eles consideram indevidas.
Segundo o SetCamp, o sindicato que representa as empresas de ônibus, apenas 25 dos 179 ônibus das linhas verdes foram às ruas no início da manhã. O SetCamp atribuiu a paralisação à pressão de sindicalistas em campanha salarial nas garagens. Eles teriam realizado uma mudança repentina na pauta de reivindicações, passando a pedir também a demissão de dois funcionários da gerência da VB transportes. O SetCamp classificou o ato como irresponsável, por trazer prejuízos à comunidade, e por ter sido incentivado por sindicalistas que estão com impedimentos na justiça.
A paralisação teve início às 5h40, e durou cerca de duas horas, sendo encerrada por volta das 7h40. A Secretaria de Transportes (Setransp) e Emdec afirmaram que assim que a paralisação foi constatada, foi colocado em operação um plano emergencial para inclusão de veículos nas linhas troncos (linhas de maior demanda) para minimizar os impactos para a população.
Uma reunião entre empresa e trabalhadores deve ocorrer na tarde desta terça-feira (31) visando um acordo entre as partes.
Confira abaixo, na íntegra, os posicionamentos da Setransp/Emdec e do SetCamp sobre o ocorrido.
SetCamp
O SetCamp informa que um grupo de funcionários da concessionária VB, responsável pela operação das linhas da cor verde, paralisou hoje, sem aviso prévio, a maior parte da operação. Dos 179 ônibus apenas 25 saíram para as ruas. Insuflados por sindicalistas que estavam no local em campanha salarial, a reivindicação foi mudada de forma radical e, para a surpresa da direção da VB, começaram a exigir a demissão de dois funcionários da área gerencial. O SetCamp classifica o ato como irresponsável por:
1) trazer sérios prejuízos à comunidade;
2) e estar sendo insuflados por ex-sindicalistas que estão com impedimentos por parte da Justiça.
O SetCamp interviu junto aos funcionários e propôs uma reunião às 14 horas para debater o assunto. Aos poucos, a operação está sendo retomada.
Sentransp / Emdec
Usuários do transporte público coletivo de Campinas enfrentaram uma paralisação localizada no sistema, no início da operação desta terça-feira, dia 31 de agosto. A paralisação foi iniciada por volta das 05h40, por funcionários da garagem da Empresa VB3, concessionária que opera linhas da Região Sul de Campinas (Jardim São Gabriel, Jardim Amazonas, São Vicente e São Pedro entre outras); e da região Norte (linhas do Terminal Barão Geraldo, San Martin, Alphaville, e algumas do Terminal Dom Pedro); além de itinerários do Terminal Metropolitano.
A paralisação perdurou por duas horas e foi finalizada por volta da 07h40. Às 08h, 75% da frota paralisada já voltou para as ruas. E a normalização da operação segue neste momento (08h15).
Por volta das 05h40, quando equipes da Secretaria de Transportes (Setransp) e da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) detectaram a paralisação, colocaram, imediatamente, em operação um plano emergencial para inclusão de veículos nas linhas troncos (linhas de maior demanda) para minimizar os impactos para a população.
Por volta das 06h20, os primeiros itinerários a receber a frota emergencial pelo plano operacional foram os das linhas 332 – Terminal Metropolitano / Terminal Barão Geraldo e o da linha 333 – Terminal Central / Terminal Barão Geraldo. Na primeira linha, foram injetados dois veículos articulados; e na segunda, quatro veículos.
Todos os esforços foram realizados com as empresas concessionários e cooperativas para alocar frota de outras garagens no atendimento das linhas afetadas.
De acordo com a Emdec, os demais terminais como o Mercado I e III, Ouro Verde, Vida Nova, Vila União e a região de Sousas, operam normalmente. Os terminais mais afetados com a paralisação foram o de Barão Geraldo e o Metropolitano, além das regiões citadas.
A operação emergencial teve o apoio de empresas e cooperativas, que cederam frota para ajudar na operação do transporte público.
