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PF deflagra 2ª fase da Operação Black Flag

Foto: Reprodução vídeo/PF

A Polícia Federal de Campinas deflagrou nesta quinta-feira, a 2ª fase da Operação Black Flag, para reprimir crimes contra o Sistema Financeiro e a lavagem de dinheiro.

Os policiais cumpriram quatro mandados, sendo um de prisão e dois de busca e apreensão em São Paulo, além de outro de busca e apreensão em uma empresa relacionada ao alvo da operação em Itaquaquecetuba. O detido e o material apreendido foram encaminhados à sede da PF em Campinas.

Essa fase da operação teve por objetivo esclarecer os crimes financeiros praticados pela organização identificada na primeira fase, em maio deste ano.

As investigações da PF e da Receita identificaram o financiamento de cinco linhas de créditos junto à Desenvolve-SP, e que, em valores atuais chegariam a R$ 60 milhões. Outras três linhas de crédito foram aprovadas pela Caixa Econômica Federal, também em um valor atual semelhante. A organização criminosa também conseguiu crédito em outras instituições financeiras.

De acordo com informações dos policiais federais, uma empresa do ramo metalúrgico foi criada em Sumaré, na região de Campinas, por um dos integrantes da organização. Através dela, os financiamentos eram conseguidos, mas apenas cerca de 10% ficavam com a empresa. O restante era destinado ao grupo.

O delegado da Polícia Federal, André Ribeiro explicou que a metalúrgica conseguia as  linhas de crédito para uma suposta compra de maquinário. Segundo ele, os fraudadores pagavam parte dos financiamentos conseguindo novos empréstimos, dando uma suposta adimplência à situação da empresa.

“Os bancos recebiam esses títulos de créditos que tinham uma curta duração de validade. Esses títulos de créditos eram pagos pela própria organização criminosa com o dinheiro que eles obtinham em empréstimos com outros bancos. Para as instituições financeiras, a empresa estava adimplente.”

O delegado da Polícia Federal, Edson Geraldo de Souza, explicou que as instituições bancárias realizavam vistorias na empresa para checarem se, realmente, as máquinas tinham sido adquiridas. Aí, entrava um novo golpe:

“As instituições financeiras fizeram checagem in loco na situação da empresa que fornecia uma máquina e a máquina foi apresentada com troca de placa de identificação para diversas instituições. Então era a mesma máquina apresentada a diversas instituições diferentes”

A empresa metalúrgica funcionou até 2012, quando entrou com pedido de recuperação judicial. Apesar de atuar no ramo de máquinas e equipamentos, de acordo com informações da Receita Federal, ela estava cadastrada no segmento de de material bélico.

Os crimes em apuração nesta fase são fraude na obtenção de financiamento, estelionato e ocultação de bens, cujas penas máximas somadas podem chegar a 21 anos.

A Operação Black Flag, deflagrada em maio passado, apura um esquema bilionário de fraudes em empréstimos com instituições públicas e privadas, que garantia aos envolvidos um padrão de vida ‘cinematográfico’. A estimativa é de crimes na ordem de R$ 2,5 bilhões.

Na ocasião, 15 pessoas foram detidas. Atualmente, quatro seguem  presas e as demais foram soltas e assumiram o compromisso de colaborar com as investigações.

Desenvolve SP

O Desenvolve SP foi uma das vítimas da organização criminosa investigada pela Operação Black Flag, que realizava crimes contra instituições do sistema financeiro dez anos atrás. O Desenvolve SP está colaborando integralmente com as investigações, tem total interesse em que os culpados sejam punidos e está adotando todas as medidas judiciais cabíveis para proteger a instituição.

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