A Polícia Civil de Limeira deve começar a ouvir, nos próximos dias, as pessoas envolvidas no caso de constrangimento registrado na última sexta-feira em um supermercado na cidade.
Nesta quarta, o delegado responsável pelo caso, Francisco Paulo Oliveira Lima, recebeu as imagens solicitadas à Rede Atacadista Assaí e vai apurar, com base nelas, se houve racismo na abordagem.
A ocorrência foi registrada no sábado passado como constrangimento, sub justificativa de não haver provas de injúria racial contra os funcionários. Nas imagens de câmeras do supermercado, um metalúrgico negro tirou parte da roupa para provar que não estava furtando.
Além da Polícia Civil, o Ministério Público também apura o caso. O órgão deu 15 dias para o Assaí prestar esclarecimentos sobre o que ocorreu, além de passar informações sobre os envolvidos e as providências adotadas.
Quem também investiga o caso é a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania. No caso de condenação das pessoas ou do próprio estabelecimento envolvido, pode haver advertência, multa e até cassação da licença estadual de funcionamento.
No começo da semana a rede atacadista Assaí demitiu o funcionário e o segurança terceirizado foi afastado da operação. A rede disse, ainda, que não adota e nem orienta abordagens constrangedoras a clientes e que colabora com as investigações.
