Campinas mantém vacinação em adolescentes

Foto: Divulgação Prefeitura de Sumaré

O Ministério da Saúde publicou nesta quinta-feira (16) uma nota informativa suspendendo a vacinação em adolescentes entre 12 e 17 anos sem comorbidades. Apesar disso, Campinas manterá a vacinação para este público, assim como outras cidades do estado, seguindo recomendação da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

Segundo a secretaria de Saúde de Campinas, as pessoas que têm horários agendados devem comparecer normalmente ao local escolhido no dia e hora marcados para receber a dose. Até esta quinta-feira mais de 54 mil adolescentes foram vacinados com a primeira dose na cidade, o que corresponde a 49% dos moradores nesta faixa etária.

Na tarde desta quinta o movimento era tranquilo no Centro de Saúde do Centro, com pessoas agendadas se vacinando sem enfrentar longas filas. A maioria do público agendado era adulto, porém, segundo uma funcionária, adolescentes que efetuaram o agendamento foram atendidos e vacinados no local normalmente.

O Governo do Estado de São Paulo informou, por meio de nota, que continuará a vacinando adolescentes de 12 a 17 anos por recomendação do Comitê Científico do Estado. Segundo o estado, desde 18 de agosto foram imunizadas cerca de 2,4 milhões de pessoas, o que corresponde a 72% deste público.

O estado ainda afirmou lamentar a decisão do Ministério da Saúde por contrariar a recomendação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde e de autoridades sanitárias de outros países, e citou que vacinação nessa faixa etária já é realizada em países como EUA, Chile, Canadá, Israel, França, Itália, dentre outros.

A nota do estado é encerrada com a seguinte afirmação: “infelizmente, e mais uma vez, as diretrizes do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde chegaram com atraso e descompassadas com a realidade dos estados, que em sua maioria já estão com a vacinação em curso”.

Suspensão
A decisão do Ministério da Saúde de suspender a vacinação para este público vai de encontro com o aumento dos relatos de falta de vacinas em alguns estados para a imunização dos adultos, em especial, para a segunda dose. Segundo a pasta, a vacinação em adolescentes deve seguir somente para aqueles que tenham comorbidades, deficiência permanente ou que estejam privados de liberdade.

Uma das justificativas do Ministério é que a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomendaria a imunização de crianças e adolescentes, porém isso não corresponde ao real posicionamento da OMS, que afirma somente que “crianças e adolescentes são menos propensos a terem complicações pela covid-19”, mas não se coloca contra a vacinação deste grupo, afirmando apenas que a urgência de vacinação é menor em comparação com adultos.

O imunizante da Pfizer vem sendo aplicado em adolescentes no Brasil, por ser o único com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para este grupo.

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