Foi decretado estado de emergência em Limeira na tentativa de evitar um colapso no sistema de abastecimento de água da cidade. O decreto, do prefeito Mario Botion, autoriza medidas de restrição no uso de água tratada para finalidades não essenciais, além de estabelecer rodízios e interrupções temporárias no fornecimento, se necessário.
De acordo com Mario Botion, é preciso convocar a população para colaborar com medidas de contenção no consumo de água tratada. “É para trazer à luz a discussão com a sociedade sobre uma legislação de 2014 que estabelece critérios de fiscalização. Estamos ainda com campanhas de conscientização de maneira bem intensa”.
O prefeito relata total ausência de chuvas nos últimos meses. “Essa crise não é algo deste ano. Ela vem dos anos anteriores. Em 2021 tivemos 30% a menos de chuva do que a média histórica para o período. Então, isso traz uma agravamento e pressão em todo o estado de São Paulo”.
Botion explica que na cidade a principal captação é do Rio Jaguarí, com volumes de água nos mananciais abaixo dos limites prudenciais e necessários. “Está bem abaixo do necessário, mas temos o Ribeirão do Pinhal e as represas Salto do Lobo e Paraíso. São represas pequenas mas que têm reservas que têm nos permitido usar parte dessa água”.
Entre as restrições estão lavar calçadas, quintais residenciais, comerciais ou industriais; além de prédios, vidraças, janelas e lavagem de veículos com uso contínuo de água. O decreto alerta ainda para a vistoria em torneiras, canos, conexões, válvulas, caixas d´água, reservatórios ou mangueiras com vazamento.
A própria Prefeitura terá que suspender o uso de água em espaços públicos. A medida prevê a aplicação de penalidades só num segundo momento. Inicialmente, o objetivo é despertar consciência e orientar para o uso adequado da água.
