No Dia Mundial Sem Carro, motoristas reclamam de falta de empatia no trânsito

Foto: Francisco Lima Neto/Arquivo CBN

No mês de setembro comemora-se o Dia Mundial Sem Carro. O dia, lembrado em 22 de setembro, foi criado para alertar a população sobre os problemas causados pelo uso excessivo de veículos, para incentivar o desenvolvimento de novas políticas públicas e a mudança na forma de mobilidade. Tudo isso para diminuir o impacto sobre o meio-ambiente.

De acordo com números do Detran-SP, Campinas é uma das cidades com o maior percentual de pessoas com Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Ao todo, 63% dos moradores são habilitados, levando em consideração uma população de 1,2 milhão de habitantes, o que equivale a 776.691mil motoristas.

Segundo o Portal da Transparência do Detran, em janeiro de 2019, a frota municipal era de 917.557 unidades, número que subiu para 937.206 no mesmo mês de 2020. Pelos números, a cidade tem quase um carro por morador.

Amanda Dumont, do Coletivo de Ciclistas de Campinas (COCICAM), diz que a cidade é focada nos veículos.  “Infelizmente, aqui é uma cidade ‘carrocêntrica’. As estruturas ciclovioárias são ineficientes, não atendem a real demanda e estão longe de atender”, diz.

Nas ruas é possível notar pouca adesão ao movimento e a maior reclamação sobre o trânsito é com relação à empatia.  O estudante Frank Pessoa, que circula muito de carro, diz que durante o dia o trânsito é complicado. “Às vezes flui bem, mas é complicado durante o dia. As pessoas não são tão generosas no trânsito e isso dificulta bastante”, diz.

Outro que reclama é o motoboy Thiago Mendes. “Caótico (o trânsito). Poucos lugares para estacionar, pouca sinalização, muitos faróis, que não ajudam em nada, e as próprias pessoas não ajudam. Corredores quase impossíveis de passar, não dão seta. Se cada um tivesse consciência poderia mudar bastante coisa”, avalia.

De acordo com Amanda Dumont, a intenção é provocar o pensamento crítico. “Por isso a gente tem o Dia Mundial Sem Carro, que é essa necessidade mesmo de poder provocar o pensamento crítico e convidar as pessoas a acessarem a cidade de uma forma mais ativa. A bicicleta é uma dessas formas, que promove a saúde, a qualidade de vida, seja pela bicicleta ou a pé”, finaliza.

Para marcar a data, o Coletivo marcou uma “bicicletada” no Largo do Rosário nesta quarta-feira, a partir das 20h.

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