A Câmara de Campinas realizou a primeira reunião da Comissão Especial de Estudos sobre o Impacto da Crise Hídrica no Setor Elétrico. A reunião contou com a presença do presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães. O objetivo foi discutir os impactos do período de estiagem no abastecimento de água e energia.
A primeira reunião focou no abastecimento de água. O presidente da Sanasa lembrou a crise hídrica de 2014, e disse que no dia 5 de outubro daquele ano, o Sistema Cantareira operava no chamado volume morto, com -12,6% do volume de sua capacidade. Na mesma data neste ano, o sistema opera em 29,5%. De acordo com ele, neste primeiro momento não há grande preocupação com relação ao abastecimento na cidade.
De acordo com Manuelito, Campinas tem uma regra de operação que foi estabelecida na última renovação de outorga do Sistema Cantareira, que estabeleceu o mínimo de 10m3/s de vazão no Rio Atibaia, em momentos de crise como o atual. O presidente da Sanasa disse que a empresa capta, em média, 3,5m3/s, que chegam a 4m3/s no verão.
Para ele, se a regra for mantida, a cidade não deve ter problemas.
“De maneira que a garantia da vazão de 10m3/s é suficiente para manter o abastecimento na cidade sem percalços. Mantida essa regra de operação não devemos ter problemas de abastecimento”, afirmou.
O presidente da Sanasa afirmou que a meta da empresa, a médio e longo prazo, para aumentar a segurança hídrica é reduzir a dependência do Rio Atibaia, viabilizar a interligação de bacias, e buscar mananciais alternativos. Além disso, falou que a meta para os próximos três anos é substituir a rede para baixar mais o índice de perda de água, que hoje está em cerca de 20%.
Manuelito lembrou que o Estado está construindo as represas de Amparo e Pedreira, e que ambas devem ser utilizadas por Campinas.
“Nós precisamos dar utilidade a essas duas represas. Nós precisamos usar essas represas como a reservação de água da cidade de Campinas”, disse;
O presidente da Comissão, o vereador Paulo Haddad, disse que a reunião foi proveitosa.
“Trazendo talvez uma sinalização quanto ao fornecimento de água nós não teremos grandes dificuldades, mas fica o alerta que a gente tem que economizar, nós temos que fazer a nossa parte”, disse.
A Comissão volta a se reunir na próxima semana para tratar do fornecimento de energia elétrica.