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Antiga fábrica Chapéus Cury dará lugar a um condomínio misto

Foto: Arquivo CBN

O prédio centenário da antiga fábrica Chapéus Cury, será demolido e dará lugar a um condomínio com duas torres residenciais e um centro com salas comerciais e cinema. A área foi vendida para uma incorporadora e o projeto está em tramitação na prefeitura.

A fachada e a chaminé são tombadas como patrimônio histórico e deverão ser preservadas. O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) aprovou o projeto da empresa.

De acordo com o órgão, precisará ser conservada parte da fachada da Rua Barão Geraldo de Rezende até a esquina da Rua Alberto Sales. Além da que fica entre as ruas José Paulino e Alberto Sales. O Condepacc também aprovou os procedimentos da demolição.

O projeto, além de atender as condições do tombamento, quer valorizar a relação entre o bem tombado e a nova edificação, com elementos que dão continuidade visual aos planos da fachada, destacando o contraste entre o antigo e novo.

Uma empresa especializada em projetos de restauro fez um levantamento histórico da construção, que atualmente está em ruínas.

A requalificação da área é um desejo antigo de quem convive no entorno. Guilherme Ferriani, que trabalha na região acredita que a parte comercial deve melhorar com um novo empreendimento, apesar da perda da parte histórica.

“Por ser histórico eu penso que sim, é algo que vai se perder. Muitas pessoas estiveram aí, fez diferença para Campinas, mas agora ou daqui a 60, 80 anos, uma hora ia cair e iam construir alguma coisa no lugar. Se for para acontecer e melhorar o espaço, o bairro Botafogo eu acho que é bem vindo”, avalia.

O barista Marcílio Limongi, que trabalha ao lado da antiga fábrica, diz que a fábrica tem muita história e um novo empreendimento pode reavivá-la.

“O Chapéus Cury tem uma tradição muito grande. A gente vai poder entrar e ver toda a restauração que vai ser feita porque vai ser preservado. Está em ruínas. O comércio e a parte residencial vão cada vez mais valorizar os comércios do lado, mais opções de comércio para os moradores, para os vizinhos”, diz

O projeto prevê o restauro cerca de 1,6 mil m² de área construída de elementos arquitetônicos como a fachada principal com suas esquadrias, parte dos muros e a chaminé da antiga fábrica, que será integrada ao espaço comercial. Segundo a incorporadora, esse projeto permite que as partes tombadas sejam observadas de perto por qualquer pessoa que visitar os espaços comerciais.

A Secretaria Municipal de Planejamento e Urbanismo informou que o projeto foi protocolado, está em tramitação, e que ainda não foi emitida a autorização para início das obras.

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