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Aumento da cerveja impacta nos produtos artesanais

Foto: Flávio Paradella

O consumidor que faz compras no supermercado já percebeu os impactos da inflação nos alimentos. Agora, o item mais consumido nos bares também será reajustado. O maior produtor e vendedor de cervejas do Brasil, a Ambev, que detém quase 60% do mercado no setor, anunciou que vai aumentar o preço dos produtos de acordo com a inflação, o que deve fazer os preços subirem 10%.

Seria uma oportunidade para que cervejarias com menor participação conseguissem aumentar a fatia no varejo, mas a situação não é bem essa. O proprietário da cervejaria Toca da Mangava, Alfeu Julio, explica que uma reação em cadeia vai afetar o preço das cervejas artesanais. “Se o principal player do mercado vai subir preço, as pequenas têm pressão maior ainda, com menos escala e mais impostos. O aumento será generalizado”, diz.

Muitos dos insumos utilizados na produção de cervejas, sejam elas artesanais ou em larga escala, vêm do exterior e são comprados em dólar, que há meses está cotado a mais de R$ 5. O presidente do Polo Cervejeiro de Campinas e proprietário da marca Daoravida, Wagner Falci, aponta que a negociação em moeda estrangeira prejudica uma possível tentativa das fábricas menores praticarem um preço mais em conta. “De outubro de 2019 até agora, a cotação subiu 30% e a pandemia afetou muito a vida das cervejarias”, conta.

No Estado de São Paulo, o governo baixou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS, de 3,69% para 3,2%, na tentativa de aquecer a economia. Mesmo assim, a maior fabricante de cervejas do Brasil fez o reajuste, que será passado ao consumidor final tanto em bares e restaurantes quanto nos supermercados.

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