Com 28,3% de volume útil, o Sistema Cantareira voltou a receber um reforço hídrico da Bacia Paraíba do Sul. A ANA assinou um comunicado conjunto que estipula a retomada da transposição do reservatório da Usina Hidrelétrica Jaguari, na Bacia do Paraíba do Sul, para o reservatório Atibainha do Sistema Cantareira, em Nazaré Paulista. O objetivo é reforçar o volume útil do Cantareira, em caráter excepcional, quando ele estiver inferior a 30%.
De acordo com José Cezar Saad, Coordenador de Projetos do Consórcio PCJ, a medida traz um alento às cidades que se abastecem na bacia do Rio Piracicaba, tanto pelo Rio Atibaia, quanto pelo Rio Jaguari. “O volume transposto vai melhorar a reservação do Sistema Cantareira”. Saad explica que essa transposição foi interrompida no início de setembro, pois a cota máxima outorgada anual de retirada, que é de 162 milhões de m³, foi atingida. “Foi estabelecido um volume máximo para um ano, que foi atingido em 2 de setembro, e por isso houve a paralisação”.
Com isso, o volume de água armazenada no Cantareira, que já sofre com a diminuição das chuvas, teve queda acentuada. De acordo com José Cezar Saad, o alerta sobre essa necessidade de transposição foi feito pelo Consórcio PCJ na segunda quinzena de setembro, em reunião do Conselho Fiscal da entidade. “Nessas reuniões havia representantes da ANA, DAEE, Sabesp e optou-se por bem a retomada da transposição, com acréscimo de 40 milhões de m³ adicionais ao volume anteriormente outorgado”.
No entanto, Saad esclarece que a transposição vale até o fim do ano e só será mantida enquanto o Sistema Cantareira estiver com volume de reservação abaixo de 30%. “Caso essa reservação volte a subir acima de 30%, para-se a transposição”. A medida tenta evitar problemas no abastecimento das regiões da Grande São Paulo e das Bacias PCJ, dependentes do Cantareira.
