Preço do combustível sobe mais uma vez e acumula alta de 73,4%

Foto: Francisco Lima Neto/Arquivo CBN Campinas

A Petrobras mais uma vez reajustou o preço dos combustíveis para as distribuidoras nesta terça-feira (26). Com o aumento, o preço médio de venda da gasolina passou de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, um reajuste médio de R$ 0,21 por litro, o que equivale a uma alta de 7,04%. Esse foi o segundo reajuste no preço do combustível em outubro. No último dia 9, a gasolina já havia subido 7,2%. No ano, a gasolina acumula 73,4% de alta. O diesel passou de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro, uma alta de 9,15%.

De acordo com pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP), até o último sábado, a média de preço da gasolina em Campinas era de R$ 5,99 e o maior preço encontrado era de R$ 6,19. Mas nesta terça, a gasolina já era encontrada por R$ 6,29 em alguns postos.

Essas seguidas altas no preço têm pesado no bolso da população. Como no da cozinheira Maura Mendes dos Reis, que depende do carro para ir e voltar do trabalho, que é distante.

“O salário quase metade fica na gasolina. Mas como a gente tem necessidade de trabalhar, você tem que tentar viver, sobreviver com aquilo que sobra. Acho que estamos vivendo um tempo injusto, não somente na gasolina, mas em tudo porque se a gasolina sobe, tudo sobe”, reclama.

Pedro Mezette, proprietário de uma pequena empresa, conta que costuma deixar um dia da semana para resolver várias pendências de uma vez, para economizar, mas é na cotação de fretes para a empresa que ele mais sente o peso dos aumentos.

“A gente faz cotação com diversas transportadoras e a gente percebeu que fretes que estavam na nossa rotina um valor e agora a gente percebeu que tem aumento de 30 a 40% nesses deslocamentos que a gente estava acostumado”, diz.

O professor de Economia da PUC-Campinas, Izaías de Carvalho Borges, diz que a política de preços que a Petrobras adota há três anos, ajusta o preço da gasolina e do diesel no mercado brasileiro em função de alterações no preço do petróleo no mercado internacional e no preço do dólar aqui no Brasil.

O economista explica que o dólar está caro no Brasil porque tem relação com as políticas do governo. Segundo o professor, o mercado tem muita incerteza sobre qual é a política econômica e fiscal do governo, e que essa falta de confiança eleva o preço do dólar.

“Como esse ambiente de incerteza deve continuar, portanto o dólar deve continuar subindo, sendo assim, muito provavelmente, infelizmente para nós consumidores, o combustível deve continuar aumentando de preço pelo menos até o final do ano”, avalia.

O professor ressalta que além da crise política, o conflito entre os três poderes, e insinuações de rupturas institucionais, são elementos que pesam muito nesse ambiente de incerteza.

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