O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas (STMC) acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT) da 15º Região e solicitou uma audiência com urgência para discutir com a Prefeitura de Campinas a obrigatoriedade de todos os alunos retornarem às aulas presenciais nas escolas. A decisão foi tomada pelo governo estadual e será seguida pela Secretaria Municipal de Educação, que anunciou o retorno de 100% dos estudantes às unidades escolares, a partir de 3 de novembro.
O Sindicato afirma que é contra as aulas presenciais obrigatórias enquanto o coronavírus ainda causa mortes. A entidade conseguiu barrar diversas vezes o retorno presencial, mas em abril deste ano as escolas foram reabertas. Em um trabalho conjunto com o MPT, que vem desde o começo da pandemia em 2020, foram determinados limite de alunos nas escolas e rodízio de estudantes, mantendo um sistema híbrido com aulas presenciais e remotas.
A coordenadora do sindicato, Claudia Bueno, diz que as escolas não têm condições de receber todos os alunos e seguir os protocolos, como o distanciamento.
“Se faz necessário um diálogo, uma conversa, junto ao Ministério Público para que sejam determinados alguns critérios. Nós acionamos o Ministério Público e também notificamos a Prefeitura e estamos aguardando a audiência. Espero que seja ainda essa semana”.
Ainda de acordo com a coordenadora do Sindicato dos Servidores, não faz sentido a obrigatoriedade do retorno, faltando pouco tempo para o fim do ano letivo.
“A Covid ainda não acabou, o coronavírus não acabou, ainda acontecem mortes, ainda acontece contaminação. É difícil entender essa necessidade de 100% de retorno presencial faltando dois meses para encerrar o ano letivo”.
A prefeitura informou que não vai se manifestar e que ainda não foi notificada.